Levantei meus olhos para o céu,
tudo que vi, foi uma enorme escuridão, nuvens densas e negras tomaram conta do
meu céu, fecharam meu verão. Eu sentia um pesar grande e por um momento eu não
sabia se a água que escorria sobre meu rosto, era chuva ou eram lágrimas.
Naquele momento meu coração desesperado deu ordens as minhas mãos, para que o
segurassem e nunca mais o saltassem, e o medo que tinha de se parti e nunca
mais juntar se tornou sublime em meu corpo. Era uma sexta feira densa.
Decidir , no mesmo dia não ignora-lo,
não passar por alto seus desesperados avisos e pedidos de socorro. Baixei meu
olhar do imenso céu que me engolia e decidir enxergar meu horizonte. O meu
corpo como um mar agitando, que se chocava por entre as rochas com toda sua
fúria, me fez perceber.
Me joguei por entre meus temores,
me perdi na velocidade de minhas pernas, e enquanto corria em sua direção, e
gritava que por favor não esquecesse de me perder, te vi com a cara mais
confusa e orgulhosa, narrando que o amor de sua vida estava vindo em sua
direção, e crescia a cada minuto mesmo esse negando então, em um mesmo momento a
tempestade de todo um tempo se soltou , e como se abrissem as comportas de um
rio ela nos afogou, afogou-me em seu beijo terno e depois sufocou-me em seu
toque de veludo.
Quando eu me lembrei de quem eu
era, e decidi o que eu não queria ser, nunca vi mais claro céu quando comecei a
caminhar a minha vida perto de você. Acima do céu não a tempestade, já bem
sei. Mas se agora estou em claridade é por certo que te amei.