.........A vida em linha...........

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Indivisível



Conheci o mar, talvez em seus olhos,
E seus olhos, não vi azul...
Era outono todo o dia, de noite escuridão...
Um tempo nu.
Dancei no arrepio, sentindo a camada sobre a pele alojar...
O equilíbrio um desafio.
Amar ou me silenciar?
Seus lábios cantam fechados...
Como um hino, não um sabiá,
Seu calor se deixa ir embora...
Perdendo minha cor,
Razão para não voltar.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Alice


Dos olhos que brilham por essa aventura...
Das coisas que inspiram por sua doçura...
Da marca deixada por um vestido azul...
De margem alçada Tweedledum...
Um espelho atravessado no tempo...
A correr sem sair do lugar...
De uma solução para seu crescimento...
Sonho a se lembrar.
Beba-me o quanto puder...
Não há razão para se preocupar...
Quando cair em um buraco profundo...
Sente e tome um chá.
Me conte tudo ao acordar...
Não é preciso que faça sentido...
Só você acreditar.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Passageira Permanência



Eu queria ter escrito a verdade...
Duvidar da iniquidade...
Viver em seriedade...
Por os pés na realidade.
Eu queria sentir uma nostalgia...
Esquecer o calendário...
Passar esse dia.
Se eu tiver de me lembrar,
Nada melhor eu sentiria...
Se me chamasse para dançar.


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Prédios



Como se eu pudesse explodir a qualquer momento...
Como se eu pudesse ser algo diferente...
Com defeito, latente.
Como se o céu parasse em nós...
Como se tudo não fosse o suficiente...
Como se uma lágrima fosse maior ...
Eu só querendo gritar o que sinto...
E que ninguém pudesse ouvir, dizer que eu minto...
Como se eu fosse invisível...
Como se eu fosse feita de concreto...
Cada parte do que eu sou...
Cada fragmento incompleto...
Pede liberdade...
Sem abrir mão do que eu verdadeiramente sou...
Eu continuo aqui...
Desejando ser forte...
Desejando que não se acabe...
Sem saber se vou...
Até que o sol se mova...
Corra ao meu redor.
Vem depressa, vem agora...
Você pode ser libertar...
Antes que tudo dê um nó.






Quem Mora Ao Lado



A dor que ele sente é o meu viver...
O sorriso que ele estende, é a alegria que tento descrever...
Ao lado mora uma seriedade que eu não consigo não amar...
E nele carrega-se a tranquilidade...
De que continuarei a caminhar.

Teias




Eu só queria descobri...
Coisas que eu nunca pude ver...
E sem perceber segui...
As teias que me levaram a você...
Os traços incarnavam o que estava atrás de mim...
Não de aranhas, mas de cetim...
Por um deslize de pensamento eu pude notar...
Prestar atenção é melhor do que procurar.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sem Nome



Te encontrarei até que a noite tenha seu fim,
Eu tentei te dizer o que sentia...
segurar em tuas mãos...
Permanecer amigos como para eternidade...
E no fim eu te encontro aqui
Olhando o que você vive em lágrimas..
Do que eu já deixei para traz.
Só até a noite ter seu fim...
Eu tentarei esquecer os dias...
Me perguntando o porque das coisas...
De você viver o passado...
Como os cactos do deserto...
E as gostas do oceano...
Sempre esteve em meus olhos este segredo...
Nunca houve novos planos..
E antes que a noite se vá...
eu terei te deixado de novo.
Me importa o que você deseja..
Não o que você faz...
Enquanto seu coração se desfaz...
Eu ficarei feliz por nós...
Pela chance que recebemos de continuar
Até que a noite tenha seu fim...
O relógio passará pelo mesmo lugar.




sexta-feira, 21 de março de 2014

Foneticamente Prosódicos


Eu duro intensamente...
Na maior força do meu ser,
e quanto mais alta em volume...
Mais forte eu posso ser.
Sou tonicamente clara...
No final do sabiá,
mas nem sempre sou amada...
Quando me interrogam ao exclamar.
Fundamental é só a frequência,
que não depende de ninguém para viver,
e as secundárias por diferença,
pela articulatória, só pode ser!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Pretéritos Futuros



Quem sabe um dia, eu deixe meu cabelo crescer...
Talvez eu pinte uma unha de rosa depois de adoecer...
O açúcar deixe de ser parte da coca-cola...
Um dia em que eu odeie a escola.
Quem sabe um dia, eu pense como H. Ford...
Ou deseje que a chuva me molhe depois de um banho...
Um dia em que eu me lembre de um estranho.
Talvez o cheiro da lavanda me enjoe...
Ou eu conheça a neve sem precisar sair de casa.
Um dia em que macarrão não seja massa.
Quem sabe um dia, os livros pareçam bobos...
Ou a atmosfera esteja intacta...
Talvez eu troque de nome...
E a sabedoria seja nata.
Quem sabe um dia, as musicas sejam feitas com silêncio.
Ou eu aprenda finlandês...
Um dia em que eu me sinta bem dançando com um siamês.
Talvez eu aprenda sorrir...
E as novelas me emocionem.
Quem sabe um dia, eu compre um megafone.
Um dia em que a tarde vire madrugada...
Talvez ilusões se tornem verdade...
E a  história vire novidade.
Quem sabe um dia, a concentração dure duas horas...
Ou eu me lembre que tenha que ir embora...
Talvez meu problema não seja tão desafiador...
E minha verdade se torne viver com essa dor.



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Preso aos dias




Eu queria dizer que esqueci...
Eu queria dizer que a sua estupidez te afasta todos os dias...
Por que eu queria acreditar que isso fosse possível...
Mas ela nos aproxima...
Ela me abraça todos os dias dizendo que sente saudade.
Eu tentei dizer que as coisas não eram bem assim...
Eu queria dizer que ainda escrevo pelos outros...
Poder acreditar que meus dias são curtos pela correria...
Mas a horas são longas e infernais.
As musicas duram frações de segundos...
Eu tentei lembrar que o amor pode morar ao lado...
Mas a labirintite volta sempre a atacar...
E as mãos sempre encaixam...
É completamente inaceitável...
Mas faz todo o sentido o pensar.
Não estou apaixonada...
E nem espero estar...
O problema é essa lembrança hora feia, hora bonita...
Que desistiu de se mudar.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pan



Dedos deslizantes
Teclas sonoras
Dança em pianos e flatas.
Palavras voadoras
Notas musicais
Escalas simples.
Sutis sonhos
Suaves viajens
Fortes, frondosas e vívidas.
Sem ironia, mais além de lições moralistas
Simples e naturais.
Fazendo sorrir sozinha,
Expandindo o que está dentro
Desejando colocar fora.
Alma infantil, loucuras planejadas...
Nada é contido, nada é impossível
Sem ser pouco ou bastante
Sendo apenas incrível.
Voo a mares em céu, chamas em água, beijos de mel
Doces encontros, terno cuidado
Infinito a ser mostrado.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O Que Eu Queria





Eu queria ter um amor experimental
Uma amizade que não fosse banal
Eu queria um novo do antigo
Poder escrever mais de mil artigos
Eu queria ficar bem de chapéu
Morar só em hotel
Queria que o chão fosse céu
Me livrar de qualquer papel
Queria saber tocar violão
Que fizesse frio no verão
Queria poder não explicar nada
Fazer nuvem de almofada
Queria poder voltar no tempo
Apenas sentir o vento
Queria tirar 30 fotos por dia
Me parecer menos com a minha tia
Queria atravessar o mar a nado
E de toda a bala do mundo, eu ganha-se um bocado
Queria ter um cavalo
E nunca ter tido o prazer de limpar um ralo
Queria ler um grande livro em apenas uma hora
Que nunca chovesse comigo lá fora
Queria comer jujuba todo o dia
E que as letras das musicas tristes significassem alegria
Queria parar de querer
Olhar para frente e poder.

Apaixonados Por Nada





Há pequenas claridades essa noite... 
Pontos no céu, 
A melodia em meus fones falam de anjos... 
E a noite gelada tirando de meu guarda-roupa, peças quentes...
Estando tudo tão quieto, sereno para a ocasião.
A chuva batia fraca lá fora
escorria em minhas janelas...
Enquanto me perdia por dentro
naquele manso e incrível momento
Eu podia ver no seu rosto sem face...
tudo o que a mim pertencia...
E o que estava esquecido
Tentando descomplicar ao querer sair do ar
E se você não sabe para onde vai essa noite...
Deixe que a paixão te leve a algum lugar.